2004-07-22

Scolari para Primeiro Ministro

Caros leitores, já faz algum tempo que me enviaram o texto que podem ler em baixo intitulado pelo que podem ler acima. Confesso que só agora o li. Com uma enorme sensação de perda, constato. Ainda mais ao compreender que, se este texto tivesse sido divulgado a tempo, poderíamos ter evitado uma trabalheira enorme ao nosso Presidente da República, ao Santana Lopes e seus compinchas e claro, Durão iría para a Comissão Europeia muito mais descansado por deixar o país entregue a tão capaz executivo. Submeto pois à vossa consideração e reflexão o texto que se segue.

 
"Em plena euforia, a Comissão Europeia e o primeiro-ministro vieram importunar o povo português com assuntos menores como a ascensão de Prodi e a saída de Durão para Bruxelas.
Só há uma forma de resolver isto: a Selecção deve ir para o Governo!
Mais carismático do que o Durão, mais determinado do que o Guterres, mais fluente do que Cavaco, mais ágil do que Soares, mais madrugador do que Balsemão, mais homem do que Pintassilgo – depois do futebol, chega a hora de Scolari ajudar o País a sair desta crise política, à frente do Governo com que todos os portugueses sonham:

 
Primeiro-ministro: Luiz Filipe Scolari.

É o líder que precisamos. Percebe de bola e não dá confiança aos espanhóis, tem bigode e, condição fundamental, não é português. Pouco dado a pieguices, acha que "auto-estima" é um stand de automóveis.

Ministro da Economia e Finanças: Luís Figo.
Tem uma fortuna pessoal que a cubicagem dos nossos cofres públicos não é capaz de suportar. É preciso dizer mais alguma coisa? Só no capítulo da simpatia é que perde para Manuela Ferreira Leite.

Ministro da Defesa: Ricardo.
Mesmo com submarinos, Portas nunca conseguiria uma defesa como a que Ricardo montou frente a armada "bifa".

Ministro dos Negócios Estrangeiros: Deco.
Diplomático, o que é fundamental nas relações com o país-irmão, tem uma experiência de vida no estrangeiro mais longa do que qualquer outra personalidade que já desempenhou o cargo. Com ele, não corremos riscos de patriotismo bacoco.

Ministro da Administração Interna: Fernando Couto.
Patente de capitão, carácter policial, enfrenta as investidas mais brutais impavidamente. Ao pé dele, Figueiredo Lopes é uma velhinha.

Ministro da Justiça: Rui Costa.
Homem de consensos, cultiva boas relações com os juízes-de-linha e com o quarto árbitro, que é uma espécie de Ministério Publico dos jogos de futebol.

Ministro dos Assuntos Parlamentares: Costinha.
Diz umas frases com princípio, meio e fim.Veste bons fatos e faz colecção de gravatas. Tem tudo o que é preciso para ocupar o cargo com sucesso.

Ministro da Agricultura e Pescas: Hélder Postiga.
Com uma infância passada no bairro piscatório de Caxinas, percebe mais de peixe do que Sevinate Pinto. Quanto a Agricultura, sempre tem Durão em Bruxelas para as questões mais bicudas.

Ministro da Educação: Maniche.
De expressão assaz astuta, revelou-se um dos melhores alunos do futebol português. Com ele, os índices de aproveitamento escolar seriam outra loiça.

Ministro da Saúde: Jorge Andrade.
Que melhor ministro do que o homem que após hora e meia de correria desenfreada, acusa 80 batidas por minuto?  

Ministro das Obras Públicas: Ricardo Carvalho.
Pessoa com obra feita, uma muralha de betão em campo. Seria um excelente substituto de... como é que se chama o ministro?

Ministro da Juventude: Miguel.
Conhece de perto os dramas que afectam a nossa juventude: foi criado em Chelas.

Ministro do Trabalho e da Segurança Social: Nuno Valente.
Do trabalho porque é de um abnegação invulgar, da Segurança Social porque, com ele, a política nesta área ia mesmo virar a esquerda.

Ministro do Ambiente: Cristiano Ronaldo.
Natural de uma ilha com grande biodiversidade, feito adulto num clube que é sinónimo de verde, é o homem indicado para fintar os espanhóis no primordial dossier das águas.

Ministro da Cultura: Simão Sabrosa.
Faria a ponte entre os eruditos, com quem partilha a paixão por textos árabes ancestrais, e os jovens criadores, para os quais é um exemplo, na moda como no teatro.

Ministro das Comunidades Portuguesas: Pauleta.
Conhece bem a França onde vive a maior comunidade de emigrantes, e domina o dialecto de boa parte dos portugueses espalhados pelo mundo.

 
Ministro da Ciência e da Tecnologia: Quim.
Dada a relevância em Portugal desta pasta, qualquer suplente chega para a encomenda."

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